Projetos

MAB

O MAB, que teve sua primeira edição em 2012, retorna em 2014 com patrocínio da Petrobras, através da seleção pública de Redes de Música do Programa Petrobras Cultural. Com uma série de mais de cem ações artísticas, de formação de plateia e de formação de músicos, o MAB é uma iniciativa que envolve público e artistas em direção à conscientização e difusão da produção musical atual com o olhar focado na Bahia.
O MAB vem sendo realizado desde julho de 2014 e se estenderá até dezembro de 2015 e visa apresentar à sociedade a rica produção de música contemporânea na Bahia, qualificar compositores e intérpretes, além de mostrar à população um outro lado da arte, colaborando com seu enriquecimento cultural.
O projeto contará com concertos com artistas locais, nacionais e internacionais, palestras, recitais em escolas públicas, intervenções performáticas, seminários, workshops, concursos de composição locais e um latino-americano, além da concessão de bolsas para estudantes da rede pública e para compositores de outros estados do Brasil.
O MAB é realizado pela OCA – Associação Civil Oficina de Composição Agora, que desde 2004 desenvolve atividades artísticas e educacionais no âmbito da música popular e erudita no Brasil e internacionalmente.

Bafrik

Criado pela OCA – Oficina de Composição Agora, o projeto “Bafrik: O que a Bahia tem a ver com a África?” teve apresentação mundial no último dia 22 no Teatro Vila Velha com lançamento do site bafrik.com e concerto de música de câmara, tudo transmitido ao vivo na web.

Através da criação do portal Bafrik.com, o projeto pretende criar uma rede social específica para a troca de informações, experiências, partituras, arquivos de áudio e vídeo, envolvendo compositores, intérpretes, produtores e críticos de música contemporânea na Bahia e na África.

No concerto foram executadas peças de compositores da Nigéria, Uganda, Africa do Sul e Bahia, pelo GIMBA – Grupo de Intérpretes Musicais da Bahia sob regência do Maestro Eduardo Torres, da Orquestra Sinfônica da Bahia.

Veja o teaser do projeto no Youtube

Bafrik é uma esperança.

Um campo de experimentação, uma rede contra-hegemônica.

Como pensam e criam compositores baianos e africanos?
Será que as marcas daqui são marcas de lá?

Como poderíamos estabelecer uma zona de cumplicidade atravessando bem mais do que o Oceano Atlântico,
atravessando a expectativa hegemônica de que os diálogos aconteçam sempre na direção do Norte,
reforçando um antigo sistema de distribuição de mérito e historicidade?

você já foi a Bahia nega? então vá.

E sendo a Bahia o que é, e a África o que são, também ressoa no projeto uma saudável incerteza sobre as
fronteiras do compor, sobre fios e conexões entre criação e cultura —

compositores eruditos podem ser coisas bem distintas?
existem relações com ideais de vanguarda, quais?
como entender e valorizar a erudição africana que nos civilizou?
quais os gestos e sons que julgamos necessários agora?

— Nesse campo de experimentos buscam-se sementes que possam brotar e vicejar. Queremos ouvir e contar
histórias, queremos ser testemunhas de algo bom.

Oxalá nosso espaço se expanda na direção virtuosa da criação de traços a serem deixados na superfície
infinita da música imaginada… e de tudo que ela carrega consigo.

Paulo Costa Lima

Compositor da OCA e consultor do Projeto Bafrik

Conserte-se!

CONSERTE-SE! 5 CONCERTOS CONTEMPORÂNEOS PARA ORQUESTRA E INSTRUMENTO SOLISTA 

O GÊNERO CONCERTO

Com origens na era barroca, o concerto é, basicamente, uma composição musical que sustenta o contraste entre um grupo orquestral e um instrumento – ou grupo de instrumentos – solista. Desde meados do século XVIII, de Mozart a John Cage, o concerto é um dos gêneros que mais alimentam os impulsos criadores dos que pensam a “música de concerto” (aqui, este termo genérico substitui os também genéricos e usuais – mas fracos – “música clássica” e “música erudita”).

O PROJETO

Trata-se da gravação de cinco peças, compostas por compositores baianos, para distribuição gratuita via internet. Os compositores são os fundadores do grupo de música contemporânea OCA – Oficina de Composição Agora, Alex Pochat, Joélio Santos, Paulo Costa Lima, Paulo Rios Filho e Túlio Augusto, grupo transformado em pessoa jurídica homônima, a Associação Civil Oficina de Composição Agora, gerida por três destes compositores, desde 2006. 

A unidade do projeto não se encontra apenas no fato de que as cinco peças são concertos para solista e orquestra. Além disso, o ineditismo do projeto se encontra no fato de que todos os instrumentos solistas são estranhos ao mundo sinfônico: sitar (Concerto para Sitar nº 1, Alex Pochat), sax-barítono (A Árvore que Chora, Joélio Santos), bateria (Cantem, meus amores, cantem!,Paulo Rios Filho), gaita (Lugarnenhumregionalfolkmusic, Túlio Augusto) e duas sopranos, percussão e baixo elétrico (Yêlelá Twendê, Paulo Costa Lima).

O projeto – que foi contemplado pelo Edital de Criação de Conteúdo Digital em Música 2008, da FUNCEB – Fundação Cultural do Estado da Bahia, sendo assim patrocinado pela Secretaria de Cultura do Estado, através do Fundo de Cultura da Bahia e da própria FUNCEB -, conta com a participação de quase trinta músicos, sendo seis convidados de outros estados (como São Paulo e Goiás), e tem a regência do Maestro Paulo Novais. 

Instituições que apóiam o “Conserte-se!”: Escola de Música da UFBA, Museu de Arte Sacra e Pousada Âmbar. A realização fica a cargo da OCA – Associação Civil Oficina de Composição Agora.